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Catu: Prefeitura promove evento de conscientização pelo dia mundial de conscientização do autismo

A data foi criada pela ONU para fomentar a inclusão dos indivíduos detentores do espectro autista, que precisam de inclusão e acolhimento na sociedade.

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, é 2 de abril, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007, foi escolhido com o intuito de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra aqueles que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Na manhã desta terça-feira, no Clube CEPE, na Aruanha, a Prefeitura Municipal de Catu realizou um evento para trazer a reflexão de todos a importância da inclusão e da intensificação de políticas públicas que abracem esse público, ressaltando que o amor e o acolhimento, a convivência com as diferenças é que auxiliam no desenvolvimento saudável para o indivíduo que possui o TEA e também auxiliar na consciência social de convívio natural com a diferenças.

O autismo é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal; entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.

Atualmente cerca de 500 famílias possuem crianças diagnosticadas com TEA em Catu. Sendo que mais de trezentas crianças estão matriculadas nas escolas municipais, onde recebem atendimento especializado com auxiliares em salas de aula. Profissionais qualificados e capacitados acompanham os alunos em atividades lúdicas e também, são apoiados pelo Núcleo de Atendimento Multifuncional (NAM).

O tema escolhido para este ano, “Autismo – para Conviver é preciso conhecer”, abordou diversos pontos de inclusão, saúde pública e conscientização. A iniciativa busca sensibilizar a comunidade para a importância de compreender e apoiar as pessoas com TEA, criando um ambiente mais acolhedor e inclusivo para todos.

Segundo Graziele Cota , mãe de Moíses de 03 anos, o diagnóstico precoce do TEA com quase dois anos, foi importante para auxiliar ela no momento da aceitação e ao se aprofundar na questão entendeu que é indispensável para o desenvolvimento do filho. ” Claro que ao descobrir no primeiro mode 05 anos, mento o impacto trouxe tristeza, depois com o apoio de minhas irmãs e da compreensão de como poderia ajudar meu filho, o sentimento negativo foi embora. E estamos aqui, quando Deus dá uma criança especial é porque Ele sabe que teremos capacidade para lidar”. Destacou.

já Evelin Brenda Mendes, mãe de João, destaca que o que mais chamou atenção para buscar o disgnóstico de um especialista, foi como João desenvolveu habilidades sozinho muito precocemente: ” ele com nove meses começou a andar, antes dos dois anos deixou as fraldas e já buscou a latrina(banheiro), leu com dois anos sem ser alfabetizado e logo precisou ser direcionado para escola para trabalhar a sociabilização, após a pediatra identificar ele como alguém que possui o espectro. Hoje a maior dificuldade ainda é acompanhar a turma, já que a capacidade dele é maior que a dos coleguinhas e estamos trabalhando essa parte dele, já que é importante ele conviver com crianças da mesma idade.” Disse Brenda.

O evento contou com a apresentação dos alunos da Casa da Música, uma palestra com psicóloga mãe de um autista Yara e Ariana coordenadora do Núcleo de Apoio Multidisciplinar -NAM, participação ativa da população e de autoridades locais, membros dos Conselhos Municipal de Educação e o Tutelar, vereadores, prefeito Pequeno Sales (PT), secretários municipais, gestores das escolas da cidade e coordenadores educacionais.

A secretária de Educação e Cultura, Rosa Sales destacou que: “o evento é de suma importância para fomentar uma sociedade, onde todos aqueles que lidam com crianças atípicas: pais, responsáveis, auxiliares, todos os que de uma forma geral convivem com indivíduos com TEA, ressaltem o respeito ao outro, os limites, acolha em amor,defendendo assim a ideia de que incluir é aceitar e possibilitar ao outro uma integração em qualquer ambiente, seja na escola ou na família, todo e qualquer acolhimento precisa ser feito em amor.” Destacou.

Redação