O jovem catuense Patrique Beltrão lança livro na Casa da Cultura em Catu
Com uma mesa composta por representantes de movimentos sociais da cidade de Catu-Ba, Patrique Roger Beltrão lançou o livro na noite de quarta-feira(02), abordando sobre a necessidade da assistência social no nosso país
Uma noite especial foi celebrada na casa da cultura, no centro da cidade. O assistente social Patrique Roger Beltrão, lançou oficialmente o livro ‘Trânsitos sociopolíticos, educacionais, arquitetônicos e culturais’ que traz ao leitor a necessidade de dialogar sobre política, direitos e deveres, além do entendimento sobre assistência social e seu papel na sociedade. Uma mesa foi montada no palco, com representantes de movimentos sociais de Catu para debate do assunto que move atualmente os principais telejornais o país.
Amigos e familiares foram prestigiar o jovem autor, que estava contente com a repercussão da publicação. Ele destaca que a maior recompensa é o entendimento do próximo sobre a abordagem do conteúdo, “o legal é que essas ideias disseminadas através das pesquisas acadêmicas, sejam inculcadas na cabeça do leitor, e ele se encontre dentro desse contexto político na forma clara apresentada no material.”
O livro elenca na sua essência as características dos serviços e movimentos sociais, que influenciam no processo político. A ideia central trata da forma que as pessoas desconhecem e não tem aproximação com esses temas, possam ter iniciação de maneira simples e conteúdo equilibrado, fundamentado em teóricos e filósofos que já debatem sobre essas questões.
Além de Roger, a matéria foi escrita por mais treze estudantes, que reuniu alguns ‘Trabalhos de Conclusão de Curso’ (TCC), para incorporar a temática do assunto escolhidos. Para o jovem, o livro traz reflexos no leitor para atentar-se a necessidade de pensar em política, em especial nesse ano eleitoral, “o material, inclusive traz histórico atual, visto que quando foi escrito passávamos por todo esse estremecido cenário. O livro não é partidário e nem influencia o leitor sobre a posição que deve adotar. A ideia é direcionar o cidadão para a participação e o entendimento das administrações públicas. ” Pontua.
A editora Kawo-Kabiyesile, responsável pela publicação, tem como linha resgatar a ancestralidade afro-brasileira. O significado em seu nome, vem como uma saudação ao orixá xangô, que trata da luta por justiça. Para o editor-chefe Raphael Cloux, o conteúdo do livro desperta o mesmo desejo que as publicações da editora na luta pela igualdade, “nossa sede é guerrear, nossas publicações nunca foram preteridas pelas grandes editoras e mídias, pois os nossos títulos defendem a minoria dos grupos majoritários que são excluídos da sociedade como as mulheres. Então, o livro traz a necessidade do olhar aos movimentos que resguarda os ideais e levantes que esses grupos fazem. ” Reitera.
Para promover uma interação entre o público, o escritor destacou os pontos dos livros interligados aos fundamentos dos movimentos sociais de Catu. Um vídeo em homenagem a vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março no Rio de Janeiro, mostrou a luta da mulher na política e as características marcantes da atuação da vereadora como, garantia de direitos iguais e a força da mulher na política brasileira.
Quatro líderes compuseram a mesa para explicar a assistência prestada pelos movimentos sociais em Catu. A assistente social Aldneide Alves ressaltou em seu discurso, que o cidadão tem direitos e deveres assegurados, “a história do livro e a assistência social trabalha na reeducação do ser humano. A garantia dos direitos humanos condiciona-o a estar numa sociedade igualitária, transitada em direitos e deveres. ”
A representante do movimento negro e do conselho da mulher, Thaís Félix, reitera que, “existe preconceito com a cor, com o estilo, e o livro entra justamente para explicar que tudo isso deve ser banido, visto que a ideia de liberdade é defendida. ”
Representante do movimento LGBT de Catu, Thiago Santos de Jesus (25), afirma que o livro cumpre a missão de agregar valores, “como o conteúdo vem de um estudo analisado e fundamentado, o resultado só poderia ser o melhor, pois fomenta a discussão.”
O estudante de psicologia e líder do grupo estudantil, Jordane Cunha (19) o movimento estudantil está atrelado a aprendizagem, “os estudantes tornam-se ativos no seu próprio aprendizado, não apenas passivamente, mas formando seu próprio grupo, a partir de argumentos convincentes que visem atitudes de mudanças.” Ressalta.
A psicóloga Sheila Germânia, reconhecida e atuante na sociedade catuense, salienta que vê uma geração de cidadãos comprometidos com o bem-estar do país, partindo dos temas abordados, o grupo presente na noite de lançamento da obra, mostra uma consciência política e social.“É um grupo diferenciado, pois nascemos como seres políticos, então devemos cultivar o desejo de mudança. O livro traz uma ampliação das necessidades acerca da sociedade, especialmente nos jovens que precisam estar informados sobre o que é a política e o seu papel no exercício da cidadania. A publicação é a noção de gente que cuida de gente. ”
Quem não deixou de conferir e parabenizar o trabalho do filho, foi Patrícia Beltrão, mãe do jovem estudante. Para ela, o jovem é um orgulho e luta pela conquista de igualdade, “é uma felicidade que transborda. Ele é minha razão e minha representação por uma sociedade melhor. Sabemos das dificuldades e limitações que o ser humano passa, então essa soma de compartilhamento de aprendizagem é revigorante. ”
O evento foi finalizado com calorosos aplausos da plateia pelo discurso e apresentação do trabalho sobre o papel do assistente social e o lançamento do livro. No fim da apresentação, houve um special coffe para o público.
Reportagem João Vitor Araújo
Edição: Donaire Verçosa