Política

Porquê quero ser vereador?

Cobiçado por diversos partidos após falar sobre a sua possível pré-candidatura ao legislativo catuense, o jornalista político Jorge Andrade, traz um texto onde relata seu pensamento e anseios à respeito da política em Catu

As funções das câmaras municipais são conhecidas por grande parte da população: criar leis, representar os interesses da população perante o poder público. Esse é (ou pelo menos deveria ser) o objetivo final de uma pessoa escolhida como representante do povo.  Fiscalização das ações do Poder Executivo municipal – ou seja, das ações do prefeito. O ato de fiscalizar torna mais equilibradas as ações do Poder Executivo. Isso é essencial para que o poder do prefeito não se torne tão grande que o deixe acima da lei, como um monarca ou um ditador.

Todavia, com o passar do tempo, principalmente fora dos grandes centros, os vereadores tornaram-se o ponto de contato primário entre a população e os Órgãos Públicos. Tal contato, em primeira análise, é positivo pois possibilita ao edil conhecer de perto as carências sociais da população e, a partir desse saber prévio, legislar com as ferramentas que lhes são próprias em prol das comunidades.

À primeira vista, portanto, todas as Câmaras deveriam ter suas portas abertas para a população que, a partir de audiências públicas, discussões dentro das comissões e apresentação de proposições – Projetos Lei, Indicações e Resoluções – Todavia, nos diversos municípios baianos, e por que não dizer do Brasil, as muitas Casas Legislativas passam por um processo de estagnação. Não é incomum se esbarrar em Câmaras que não expõem sua produção de maneira pública, fato que dificulta a fiscalização por parte do eleitor que, devido à ausência de transparência, navega às escuras.

Quando aventei uma pré-candidatura a vereador, pensei justamente em abrir mais espaços para que a população efetivamente conheça qual é a atuação do seu representante. Aqui não me detenho em nomes ou em siglas, tão pouco na crítica a quem quer que seja, prefiro falar das minhas expectativas caso tenha concretizadas as minhas intenções. Ter um mandato transparente, voltado à apoiar as causas comuns, e principalmente, atuando como mediador entre as comunidades e os poderes públicos. Em minha experiência percebo que a estigmatização ideológica imposta aos vereadores, que se auto proclama de oposição ou situação, restringe suas capacidades de atuação.

Embora o nosso sistema político nos obrigue adotar um partido que, por vias diversas, cobram uma fidelidade cega, sem avaliar ou deixar espaços para que se discuta objetivamente se ações ou ideias apresentadas são benéficas ou não à população, insisto que é possível legislar em favor da população. Em um primeiro momento, o leitor poderá pensar que serei um vereador insubordinado. Ao contrário, pretendo ser um edil que discutirá os temas e, de acordo com a consciência e necessidade da comunidade, votarei.  Apoiar sem discutir ou criticar apenas por ser opositor, não me parece próprio da essência da vereança nem do parlamento, ainda que municipal. 

É obvio, entretanto, que me associarei a um partido que possua valores que comunguem com os meus. Ululante também é a intenção de estar disposto a analisar todos os temas, desde que em consonância com as necessidade e desejos da população. Sei que para muitas pessoas essa forma de pensar pareça estranha e, em última análise, pouco comum. Mas, costumo ser franco. Acredito que essa é uma característica fundamental para quem deseja ocupar um cargo público que, de certa forma, impacta diretamente o bem-estar e destinos das pessoas.

Portanto, busco a eleição para construir uma cultura legislativa que seja prol comunidade, no sentido de votar, apresentar projetos de lei e defender causas que são caras ao povo. Em muitos momentos, essas ideias iram bater de frente com outros interesses. Todavia, desde agora declaro que minha primeira opção de voto sempre será para favorecer a população.

Redação

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