Cultura

CUSTOMIZAÇÃO E ADEREÇOS É A NOVA TENDÊNCIA PARA O CARNAVAL

Com peças de roupas usadas e um toque de criatividade, dentista catuense dá dicas criativas e inovadoras para cair na folia com fantasias estilosas no carnaval

 

Inovar e economizar nos looks carnavalescos é o que muitas mulheres querem para correr atrás do trio elétrico. Contudo as fantasias de carnaval andam com os preços ‘salgados’ para o atual contexto econômico do país. Nada que os brasileiros não possam dar um jeito com sua típica criatividade e se produzir gastando pouco, para aproveitar uma das épocas mais festivas do país.

Por falar em recessão econômica, um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), apontou que a folia terá até 76% de impostos. Produtos tradicionais dos foliões como máscara e spray de espuma somam 43,93% das taxas e lantejoulas compõe 42,72%, enquanto confete e serpentina chegam a 43,83% de impostos como PIS, COFINS e ICMS. Fugindo desse quadro, os curtidores da farra  momesca, estão preparando alternativas para passar o carnaval longe do vermelho.

 Pensando em como se produzir para a festa no Rio de Janeiro, a dentista catuense Aline Martins (27), moradora do bairro Rua nova, filha de Antônio Joaquim Santos e Valdenildes Gonçalves, reaproveitou roupas e com toques de criatividade montou o look com temas sugestivos como, sereia, gata, cartomante, unicórnio, entre outros personagens. “Como vou passar o carnaval lá, as pessoas têm o costume de criar sua fantasia. Pensando nisso, resolvi produzir a minha também, com isso economizo e fico vestida à caráter para festa”. Conta.

Alguns detalhes são importantes na hora de escolher o figurino. Por ser um período da alta estação, tecidos leves como filó são indispensáveis para aguentar a temperatura. Outra questão destacada pela dentista, é a responsabilidade para alugar ou comprar as roupas, sendo que o gasto seria maior e seria possivelmente inutilizada com o fim dos festejos carnavalescos.

Aline preparou cinco produções, que somadas custaram duzentos reais, para usar nos dias da folia, em que junto as amigas participará dos blocos de rua, “pesquisei na internet, e já tinha ideias do que queria vestir. O resultado é a rentabilidade, paguei quinze reais por 2m de tecido e garanti uma saia que pagaria mais caro em uma loja”. Aí segue mais uma dica de Aline; “ consultar na internet adereços coloridos para ter destaque na vestimenta.”

 

Uma outra ideia sugestiva que a catuense teve, foi aproveitar bodys, tops e passadeiras, para colar purpurina e adereços que vão de encontro ao tema escolhido. “Depois do carnaval podemos usá-las em festas fantasias. O bacana é que são mini acessórios que, com uma pequena mão-de-obra nos deixará à vontade para a festa”. Feiras e lojas de variedades como armarinhos, são locais onde se encontram produtos baratos e sortidos, além de consultar costureira para ter dicas do que pode ficar mais bacana.

Para reaproveitar aquela roupa usada, a foliã garante que simples alterações deixam o modelo de cara nova. Com a ajuda de missangas coloridas, tintas, cola e tesoura as peças ganham o espírito festivo, “a maior parte do que precisamos para produzir, temos em casa, e só gastamos com coisas básicas para enfeitar e dar o tom que queremos. O gasto que teria em comprar roupas novas, será aproveitado na viagem (risos) ”. Reitera.

Uma outra dica é fazer placas com mensagens que eleve a magia do carnaval. Aline que aposta no look de melancia com vestes vermelhas, pensou numa mensagem sugestiva para o modelo como, “quer se aparecer, coloque uma melancia na cabeça” ou talvez de cartomante com os dizeres “prevejo o seu futuro”, tudo para criar uma descontração em torno do figurino e criar uma interação com as pessoas, visto que é uma festa de alegria.

Para quem ainda não escolheu o que vai usar para cair na farra, ainda dá tempo. Aline explica que a criatividade faz a fantasia. Tiaras com flores ou com tema de bonecos infantis como Minnie ou gatinha, nariz de palhaço, asa de borboleta são opções acessíveis. Para as crianças que vão brincar nos blocos, o recomendável é usar chapéu e evitar roupas com tecidos grossos por conta do calor.

Com o empoderamento feminino em alta, as mulheres têm mais liberdade de apostar em trajes curtos e maquiagens fortes. “Atitude é fundamental, saber que a sociedade é igual a todos e a brincadeira também. Não há motivos para não se vestir como quer, o carnaval é para curtir igualitariamente. A ideia é abusar da criatividade e o mais importante que é brincar com respeito e moderação.” Finaliza.

 

 

 

 

 

Reportagem  João Vitor Araújo

 

Redação

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