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Casa da Cultura promove novembro negro com diversas atividades

O novembro negro catuense conta com atividades abertas ao público na Casa da Cultura, trazendo a discussão do tema com mesas redondas, palestras e diversas atividades culturais

A casa da cultura, localizada na avenida Padre Cupertino, no Centro da Cidade de Catu, está sendo palco das apresentações referente a semana em homenagem ao dia da consciência negra. O primeiro dia do evento, 6, contou com a apresentação da Associação de Capoeira Convivência Negra, do grupo do teatro municipal de Catu, além de uma apresentação percussiva com os alunos da Escola de música Oderval de Souza.

A Bahia é um estado predominantemente formado por afrodescendentes, dessa forma, é de fundamental importância a abordagem da temática negra, como explica o professor de música Guilherme Scott: “a gente precisa entender que a nossa construção cultural perpassa por todas as culturas que vieram da África e que nós somos os representantes disso. Eu procuro fazer uma educação musical onde o pensamento de música africana esteja sendo representado dentro do aprendizado”, explica.

Hoje, 07 de novembro, o segundo  das comemorações do mês da consciência negra foi marcado pela exibição do documentário Travessias Negras. Três dos protagonistas da produção Daiane Rosário, Julia Morais e Marcelo Ricardo, estiveram presente na Casa da Cultura e conversaram com os alunos da rede pública a respeito da presença do negro das universidades federais através do sistema de cotas.

Jonatas Reis, de 14 anos, e aluno da Escola Professor Raimundo Mata entendeu a mensagem passada pelos estudantes que protagonizaram o documentário e afirmaram: “achei muito inspirador. É mais difícil um negro entrar na faculdade. Eu quero estudar medicina e nesse curso vemos mais pessoa de outras classes sociais. Mas hoje eu digo que negro também pode chegar lá. ”

Ao ver a que a discussão levantada durante a exibição documentário já surtiu algum efeito, Marcelo Ricardo, estudante de jornalismo, e um dos protagonistas do documentário afirmou: “travessias reflete a imagem de um rio pedregoso. Mostrar para uma criança ou para as pessoas que assistem o caminho, e como ele é formado, é o ponto principal. Essa recepção do público com o ‘Travessias’ é muito de se encontrar. E, em algum momento, isso que foi despertado, vai fazer algum efeito”, explica.

Quem também esteve presente nas apresentações foi o secretário de juventude, esporte e lazer, Adonay Silva, que pontua sobre a importância de levar a temática negra para crianças: “a gente está fazendo todo esse trabalho com o Cine Clube Papo Reto e trazendo os jovens para discutir temas importantes como esse, que é a questão do novembro negro. A questão racial que a gente discute mais especificamente em novembro, é uma coisa que é do dia a dia e a gente precisa estar debatendo isso onde estiver”.

As homenagens ao dia da consciência negra continuam durante toda a semana, na casa da cultura, com mesas redondas, palestras, exposição de fotografias, entre outras atrações.

 

 

Redação

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