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Você sabe a importância da criação da Secretaria da Mulher em Catu?

Um novo nome será anunciado para a pasta recém criada e que tinha como certo até então o nome da atual secretária de Governo Denize da Paróquia.

No inicio do ano a Revista Eletrônica Catu Acontece divulgou em matéria que a secretaria da Mulher seria criada em Catu, e que já era certo o nome de uma militante da causa conhecida e querida da comunidade catuense, Denize Barbosa, “Denize da Paróquia”, assistente social por formação, ex-vereadora e candidata a deputada estadual (UN) e na última eleição candidata a vereadora pelo PSB, tendo expressiva votação, ficando em primeira suplência por conta do coeficiente. No entanto o nome de Mariana Araújo, ex-secretária de governo, afastada para cumprir a licença da gestação, pasta essa que momentaneamente estaria como está até o presente momento com Denize, já é dado como certo para assumir a secretaria e deve ser anunciada formalmente na próxima semana, entre terça e quarta-feira, 7 e 8 de julho.

Mas você sabe qual a função da Secretaria da Mulher e a relevância para Catu?

A criação da Secretaria da Mulher em Catu representa um avanço significativo para a promoção dos direitos, da igualdade de gênero e da proteção das mulheres no município. Catu, com estimativa populacional próxima a 51 000 habitantes segundo o IBGE, precisava de uma instância dedicada a promover políticas de enfrentamento à violência de gênero, fomentar oportunidades e fortalecer a autonomia feminina  .

Dados locais reforçam essa necessidade. Em 2024, a Unidade Móvel da Secretaria das Mulheres da Bahia atendeu Catu durante a micareta, oferecendo acolhimento psicológico, atendimento jurídico e informativo sobre canais de denúncia como o Disque 180 . Essas ações revelam a existência de uma demanda real por assistência especializada e prevenção na comunidade.

Além disso, é importante intensificar e impulsionar iniciativas que comprovem que as mulheres de Catu – boa parte com média de idade de 43 anos – estão engajadas em busca de saúde, bem-estar, desenvolvimento socioeconômico e fortalecimento emocional. O empoderamento acontece quando elas compartilham vivências e constroem redes de apoio .

O perfil e principais desafios da Secretaria que assumirá o cargo

Ao ser nomeada para liderar a Secretaria da Mulher em Catu, Mariana Araújo deverá colocar em prática suas habilidades e expertise em diversas frentes:
1. Combate à violência de gênero e apoio jurídico
— Coordenar o recebimento e encaminhamento de denúncias, garantir apoio jurídico e psicológico, e integrar a pasta com redes estaduais e municipais que lidam com violência doméstica e sexual .
2. Empoderamento socioeconômico
— Ampliar iniciativas similares ao evento “Mulheres Potentes Catu”, realizado em 2024 pelo Sebrae, com foco em formação, mentoring e geração de renda para mulheres empreendedoras .
3. Acesso à saúde e bem-estar
— Promover programas de saúde preventiva, esportes e qualidade de vida, como o projeto “A Gente Faz Esporte”, que demonstrou impacto positivo no físico e emocional das mulheres .
4. Articulação com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDDM)
— Fortalecer o diálogo com o CMDDM, dinamizar fóruns e ações propostas, e monitorar indicadores relativos aos direitos, violência e participação feminina de todos o âmbitos e relevância da sociedade.

Relevância social da Secretaria da Mulher no fortalecimento da igualdade

A Secretaria da Mulher não é apenas mais um órgão da administração — ela tem papel transformador:
• Promove igualdade real, garantindo que mulheres tenham acesso a espaços de poder, emprego e participação política;
• Combate a violência de forma sistemática, com ajuda jurídica, acolhimento e redes de proteção local e regional;
• Fortalece apoio psicossocial, criando ambientes inclusivos que acolham e deem voz às vítimas;
• Estimula o protagonismo feminino, por meio de projetos esportivos, de saúde e de empreendedorismo;
• Incentiva a conscientização coletiva, com ações em escolas, comunidade, eventos públicos e campanhas territoriais.

A existência de uma Secretaria da Mulher em Catu configura um passo estratégico na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Isso abre caminhos para que as mulheres participem de forma plena em todos os espaços — familiar, comunitário, profissional e político — com respeito, segurança e dignidade.

COMPETÊNCIAS ESPERADAS DE MARIANA ARAÚJO

A posse de Mariana Araújo como secretária marca o começo de um ciclo. Com a Secretaria da Mulher estruturada, Catu ganha um instrumento essencial para promover igualdade, prevenir violências e fortalecer o protagonismo feminino. As bases já estão lançadas: os dados populacionais, as experiências a serem construídas e a articulação com redes estaduais trarão avanços para a cidade.

Espera-se então que:

Experiência em gestão de políticas públicas e projetos sociais voltados às mulheres;
Conhecimento sobre legislação de proteção à mulher e feminicídio;
Habilidade em articulação institucional, diálogo político e mobilização comunitária;
Sensibilidade para lidar com questões de gênero, violência e desigualdades.

Resta à gestão usar sua competência para consolidar o direito ao respeito e à participação plena de todas as mulheres em Catu.

Entramos em contato com Mariana que respondeu que será uma gestão participativa entre o seu posicionamento está:

“Vamos atuar de forma firme no enfrentamento à violência de gênero, criando canais de apoio e proteção, mas também vamos além: queremos ampliar a presença das mulheres no mercado de trabalho, incentivar o empreendedorismo feminino e fortalecer sua autonomia econômica.”

“Uma secretaria presente e participativa que dialoga e ouve todas as mulheres, sejam elas da zona rural ou urbana, jovens, mães solo, trabalhadoras, lideranças… para que as ações da Secretaria reflitam as reais necessidades das nossas catuenses. Queremos construir um lugar onde cada mulher possa ser ouvida, respeitada e fortalecida para ocupar todos os espaços que quiser.” Destacou Mariana.

Donaire Verçosa

Dir. Jornalismo do Site Catu Acontece. Graduada e de família Catuense! Prezo pelo jornalismo imparcial.