Retrospectiva: saiba quem são os famosos que morreram infectados pela Covid-19
Atores, escritores e cantores foram algumas das vítimas da doença que tem afetado quase todos os países do planeta.
A pandemia do coronavírus já vitimou mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo e o Brasil atingiu a triste marca de 180 mil mortos pela Covid-19, entre eles artistas famosos como Eduardo Galvão e Gésio Amadeu, o escritor Antonio Bivar e, mais recentemente, o cantor Ubirany, integrante do Fundo de Quintal, que veio a óbito nesta sexta-feira (11), aos 80 anos de idade.
O primeiro caso confirmado da doença no Brasil ocorreu em São Paulo, mais precisamente no dia 26 de fevereiro, depois que um homem de 61 anos, que mora na capital paulista, voltou de uma viagem de 12 dias que fez pela Itália e foi considerado o primeiro caso após dois testes positivos. Já a primeira morte ocorre no dia 12 de março, segundo o Ministério da Saúde.
Saiba quem são os famosos que morreram vítimas do coronavírus:
Martinho Lutero Galati
O maestro foi uma das primeiras vítimas do vírus e morreu no dia 25 de março, em São Paulo, ao 66 anos. Ele foi internado oito dias antes da morte e o primeiro teste da Covid-19 tinha dado negativo, mas um segundo confirmou o diagnóstico. O músico chegou a apresentar uma melhora, mas sofreu uma parada cardíaca durante a noite.
MC Dumel
O funkeiro tinha 28 anos e morreu no início dos casos de coronavírus na Bahia, enquanto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Couto Maia, em Salvador. Ele foi diagnosticado com Covid-19 no dia 12 de abril e perdeu a vida quatro dias depois, em 16 de abril.
Aldir Blanc
Um dos compositores e escritores mais renomados de todos os tempos, Aldir morreu no dia 4 de maio, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Ele tinha 73 anos e foi internado na UTI 19 dias antes com sintomas de infecção urinária e pneumonia. Seu nome ficou eternizado na música brasileira com canções feitas em parceria com João Bosco, como O Bêbado e a Equilibrista, sucesso na voz de Elis Regina.
O nome dele inspirou a criação de uma lei, aprovada em junho pelo Senado, que deu um auxílio financeiro para artistas durante a pandemia que prejudicou o setor cultural.
Ciro Pessoa
Ciro foi um dos fundadores da banda Titãs e passava por tratamento de câncer, o que deixou seu corpo mais debilitado. O músico morreu no dia 5 de maio, aos 62 anos, em um hospital de São Paulo. A morte foi confirmada pelos ex-companheiros de grupo Branco Mello e Tony Bellotto.
Daisy Lúcidi
A atriz estava internada em estado grave em um hospital do Rio de Janeiro, após ter testado positivo para o novo coronavírus, e morreu no dia 7 de maio, aos 90 anos. Seu último trabalho em novelas foi como Dulce em Babilônia, mas já tinhas passado por outras tramas como Paraíso Tropical, Passione e Geração Brasil.
Abraham Palatnik
O artista brasileiro era aclamado dentro e fora do Brasil. Palatnik foi um dos pioneiros da arte cinética no país e morreu no dia 9 de maio, no Rio de Janeiro, vítima da Covid-19 aos 92 anos. Ele era pintor, escultor, desenhista e inventor e foi essencial para ampliar os horizontes das artes visuais ao combinar arte, ciência e tecnologia. O artista espanhol Joan Miró era um dos admiradores dele.
Carlos José
O artista iniciou sua carreira como seresteiro com temas românticos, como Esmeralda, que fizeram sucesso nos anos 1960. O cantor de 85 anos morreu no dia 9 de maio, No Rio de Janeiro, e deixou como herança uma lista de composições.
Sérgio Sant’Anna
Considerado um mestre dos contos e da literatura brasileira, Sérgio morreu no dia 10 de maio, aos 78 anos, em um hospital particular no Rio de Janeiro, com Covid-19. O escritor estava internado havia uma semana e havia apresentado sinais de melhora clínica um dia antes de falecer.
David Correa
David foi o maior vencedor de sambas-enredo da Portela e foi internado em 2 de maio com sintomas de coronavírus. No dia 10 de maio, aos 82 anos, o compositor morreu no Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, com complicações renais.
Nino Voz
A morte de Nino foi anunciada por Simony, com quem dividiu o palco na turnê Balão Mágico, no dia 24 de maio. Antes de falecer, ele postou um texto em uma rede social falando sobre a saudade de voltar aos palcos.
Evaldo Gouveia
O cearense era músico, cantor e compositor e morreu no dia 29 de maio, aos 91 anos, em um hospital particular de Fortaleza, no dia 29 de maio, após contrair o novo coronavírus. Ele era um dos ícones da MPB e compôs Sentimental Demais, Alguém me Disse, Brigas e Trovador.
Miss Biá
A drag queen foi uma das artistas mais icônicas do universo LGBTQIA+ e uma das pioneiras no Brasil, com 60 anos de carreira. Ela morreu no dia 3 de junho, em São Paulo, vítima das complicações do coronavírus, aos 80 anos. A artista estava internada há cerca de dez dias por causa do vírus.
Fabiana Anastácio
A cantora de música gospel morreu no dia 4 de junho, aos 45 anos, após passar alguns dias internada em um hospital em São Paulo. Ela foi diagnosticada com Covid-19 e estava internada na Unidad de Terapia Intensiva (UTI). Fabiana é um nome conhecido na música gospel, tendo as músicas Sou Eu e Adorarei entre as mais populares. Ela somava mais de 1,1 milhão de seguidores nas redes sociais.
Dulce Nunes
Voz de ‘Pobre menina rica’ e dos anos 1960, Dulce Nunes trabalhou ao lado de nomes como Baden Powell, Vinicius de Moraes e Egberto Gismonti. Dulce morreu em 4 de junho no Rio de Janeiro em decorrência de uma infecção causada pelo novo coronavírus poucos dias antes de completar 91 anos.
Lançado em 1964, o álbum Pobre Menina Rica trazia a trilha do musical que Vinicius de Moraes e Carlos Lyra haviam lançado no ano anterior.
Antônio Bivar
O escritor e dramaturgo foi vítima da Covid-19, aos 81 anos, no dia 5 de julho. Ficou internado no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. Segundo a instituição, Bivar teve complicações respiratórias. Ele foi autor de clássicos do teatro nacional, como as peças Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã (1968), Cordélia Brasil (1967) e o O Cão Siamês ou Alzira Power (1969).
O autor também escreveu livros como Yolanda, que conta a história de Yolanda Penteado, e “o que é punk”, sobre o movimento punk. Seu último livro intitulado Perseverança, no qual conta parte de sua trajetória, foi lançado em setembro de 2019.
Zildetti Montiel
A jornalista passou por emissoras como Globo, Record, Bandeirantes e Cultura e morreu no dia 27 de julho, em um hospital de São Paulo, por complicações do vírus. Ela apresentou programas como Bom Dia São Paulo, Jornal Hoje e Fantástico, pela Globo.
Fonte: Revista Marie Clarie