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MULHERES VÍTIMAS DE AGRESSÃO TEM APOIO NO CREAS E NA 95ª COMPANHIA DE POLÍCIA EM CATU

A Lei Maria da Penha completou esse mês 11 anos que foi criada  e é ferramenta importante no combate a violência contra mulher em todo  país. Em Catu o combate é feito  com apoio da comunidade, juntamente com CREAS,   Ministério Público e a  95ª  Companhia de Polícia Militar

 

 

Milhões de mulheres são agredidas todos os anos no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 500 mulheres foram agredidas fisicamente por hora, no ano passado, no Brasil. Do começo do ano até o mês corrente, mais de cinco mil casos foram registrados só em Salvador.

A Bahia ocupou  em 2016, o quarto lugar no ranking de atendimentos às mulheres agredidas. Em Catu, até o presente momento, na 95ª Companhia Independente da PM, já foram registrados vinte e quatro casos. Os agressores são autuados em flagrante e, logo após o registro do boletim de ocorrência, são estabelecidas medidas de proteção para a vítima, para que as agressões não sejam recorrentes.

 

De acordo com a Tenente Rita, a criação da Lei Maria da Penha encorajou mulheres a irem às delegacias procurar ajuda, já que elas tem tido respostas mais imediatas para suas queixas. “Quando as mulheres decidem fazer uma queixa, elas chegam até a delegacia para formalizar a denúncia pode e deve ser feita, mesmo que não seja pela mulher agredida. Nós procuramos dar um atendimento diferenciado às mulheres para que elas se sintam seguras. São os policiais que trabalham no dia-a-dia que atendem a essas ocorrências”.

 

Mulheres agredidas também podem procurar o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS para receberem atendimento. Lá, elas são submetidas a um atendimento psicossocial junto a um psicólogo e, caso decidam fazer a denúncia, são encaminhadas ao Ministério Público.

Muitas vítimas sentem a necessidade de abandonar a casa onde viviam com o agressor, mas não tem para onde ir, uma vez que a cidade não dispõe de nenhum tipo de abrigo para receber essas mulheres. Em casos extremos, em parceira com o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, pode ser viabilizado um aluguel social, com um prazo estabelecido, até que a mulher encontre uma forma de conseguir se manter.

Um dos maiores problemas enfrentados pela polícia é o medo que as mulheres sentem do que acontecerá após a denúncia ser feita e o companheiro ser preso, isso porque muitas são financeira e psicologicamente dependentes. “Muitas têm filhos e não tem como sustentá-los sozinha e têm medo que os filhos passem necessidade. Outras acreditam que não irão encontrar outro companheiro com quem possam dividir a vida.”, conta Franciele Rodrigues, coordenadora do CREAS.

A violência  não é característica exclusiva de uma determinada classe social. Segundo Franciele, dos quatro casos dos quais ela recebeu notificação, dois são de áreas de extrema pobreza e outros dois de classe média alta.

A Lei Maria da Penha completou 11 anos no último dia sete e recebe esse nome em homenagem a  Maria da Penha, mulher, foi vítima de seu marido, recebeu um tiro, ficando paraplégica. Já na cadeira de rodas, o seu agressor ainda tentou eletrocutá-la. Com a ajuda de ONG’s, Maria conseguiu encaminhar seu caso após 11 anos, para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA). Somente em 2006, a lei 11.340/06 entrou em vigor, a partir daí políticas públicas voltadas para defesa da mulher começou a dar voz as mulheres brasileiras, vítimas de agressões psicológicas, verbais ou físicas.

Além da Lei Maria da Penha, as mulheres hoje contam com a lei do feminicídio, que combate os altos índices de violência contra a mulher no Brasil,  e  inclui o feminicídio como um tipo de homicídio qualificado e o está no rol dos crimes hediondos, que são aqueles considerados extremamente graves, dessa forma, recebem um tratamento mais severo da  justiça.

 

Recentemente as mulheres catuenses da Igreja Matriz Católica de Catu, fizeram apresentações e levantaram a discussão na festa da padroeira da comunidade católica Sant’Ana com o tema em defesa da mulher criado pela TV BAHIA, “sou mulher quero respeito”  e foi matéria no jornal Bahia Meio Dia da emissora filiada da rede globo. O local da mulher na sociedade e aspectos como machismo e mercado de trabalho foram temas abordados em apresentações durante a festa em uma apresentação organizada pelas paroquianas.

 

Reprodução EBC: Foto Maria da Penha

Redação

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