Justiça Eleitoral rejeita ação contra Geranilson Requião e Mariana Moreira em Catu
Juiz da 129ª Zona Eleitoral aponta falta de provas em acusações de abuso de poder durante a campanha de 2024
Em decisão que promete repercutir no cenário político da Bahia, o juiz eleitoral Gleison dos Santos Soares, da 129ª Zona Eleitoral de Catu, julgou improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo então prefeito e candidato à reeleição Narlison Borges de Sales (Pequeno Sales) contra o ex-prefeito Geranilson Dantas Requião e sua vice na chapa, Mariana Araújo Requião de Britto Moreira.
A denúncia alegava abuso de poder religioso, econômico, midiático e compra de votos durante a campanha municipal de 2024. O processo, no entanto, foi extinto por falta de provas — mas ainda cabe recurso.
As principais denúncias apresentadas
• Uso de templos religiosos para promover candidatura;
• Distribuição de camisetas com o slogan “Pense G”;
• Suposta influência em meios de comunicação locais para atacar adversários;
• Tentativa de desequilibrar o processo eleitoral.
O que disse a Justiça
Na sentença, o magistrado afirmou que não houve elementos suficientes para comprovar as acusações:
• Religioso: a presença em cultos não configurou comício ou pedido de votos;
• Camisetas: não houve comprovação de distribuição em troca de apoio político;
• Mídia: matérias críticas ao adversário não foram ligadas diretamente aos investigados;
• Político: Geranilson não ocupava cargo público em 2024, afastando a hipótese de abuso.
“A responsabilidade eleitoral não pode ser presumida; deve ser demonstrada de forma cabal, o que não ocorreu neste caderno processual”, destacou o juiz Gleison dos Santos Soares.
Repercussão
Em entrevista à jornalista Donaire Verçosa, Geranilson rebateu as acusações:
“No processo movido contra a chapa, afirmava-se que abusamos de poder econômico e religioso, e até que teríamos comprado pastores. Mas não tem prova de nada… Eles pegavam, por exemplo, quando eu ia numa igreja, em um culto, publicavam as fotos e achavam que aquilo era abuso. Inclusive, em um desses eventos, ele estava presente também”, relatou o ex-prefeito.
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