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A INCLUSÃO SOCIAL GANHA VOZ NAS RUAS DE CATU

Segunda caminhada da Saúde Mental mostrou que a diferença não pode ser combatida mas abraçada

“Cuidar Sim! Excluir Não!” Com esse tema, uma passeata movimentou o centro da cidade na manhã de terça-feira (10).

“Quem faz o acompanhamento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial Ubirajara de Oliveira), não é doido como dizem. É um direito de todos a procura pela saúde mental. A ideia é de levar educação para os nossos jovens, e ser contra o preconceito.” Esclarece a assistente social e coordenadora do CAPS, Nubia Ferreira.

A caminhada também fortaleceu a ideia de que o preconceito não deve persistir e, que ter problema mental não significa ter uma doença sem cura.

 

Para o psicólogo do Centro, Jutahy Marcelo Maia, “defender a ideia de tratar pessoas com transtorno mental de maneira humanizada é a melhor opção. Não falamos de ‘doença’ mental e sim de saúde mental.”

O psicólogo enfatiza que as pessoas merecem ser reconduzidas a sociedade, mesmo com limites e dificuldades, e é um trabalho de todos. “Não há mais espaço para internar pacientes em hospitais. Essa forma é antiquada e ineficaz.” Reitera.

 

Problemas mentais acarretam a vida de muitas pessoas, e com a vendedora de acarajé Marisa Maurício (52) não foi diferente, “quando me separei tive princípio de depressão, precisei fazer um tratamento com um psiquiatra. Sou uma pessoa muito feliz mas momento estava muito triste e abatida.”

Dona Marisa conta que o remédio que a fez acabar com tanta tristeza foi a prática de atividades, como capoeira e aulas de dança. Nesse mesmo meio, entra Dona Josefa Neusa (57), “Perdi meus sentidos, não conhecia meus filhos. Tive esse problema por três vezes, mas graças ao tratamento no CAPS e as minhas orações estou melhor. ”

“Continuo com o tratamento para que não volte a sofrer. Minha fé me curou. Sofri muito na infância, perdi minha mãe cedo, criei meus oito filhos sozinha. Isso tudo agravou os problemas que tive”.

“É com muito amor que os acolhemos. Essas pessoas são mais que especiais. O talento delas é uma coisa impressionante. Essa caminhada que aconteceu enfatiza justamente a aceitação desses seres de luz. Aconselhamos aos familiares para que aceitem, que abracem a causa, que se doem fraternamente.” Reitera a Madrinha do CAPS e Primeira dama Josenita Requião.

O prefeito Geranilson Requião (PT) se solidarizou com o espírito de irmandade, “temos atendido com muito carinho e especialidade esse segmento da nossa população. Graças a Deus, temos os melhores profissionais tratando e ajudando de uma maneira familiar esses irmãos que tanto precisam”, pontuou.