Comportamento

Gabriel Habib traz essa semana, dicas sobre dependência emocional

Para esclarecer possíveis dúvidas sobre o Tema “dependência emocional”, O Coach Gabriel Habib trouxe aos leitores do Catu acontece, dicas de como detectar e lidar esse fator.

Em linhas gerais, dependência emocional é um sintoma de fragilidade ou insegurança emocional. Veja alguns exemplos de como essa fragilidade se manifesta através dos padrões de comportamento:

• Dificuldade de dizer não e discordar das pessoas por medo de ser rejeitado;
• Incapacidade de se sentir bem quando está sozinho, dependendo sempre de companhia para realizar qualquer atividade;
• Ciúme exagerado e exigir atenção exclusiva do parceiro;
• Postura muito controladora, especialmente nos relacionamentos, chegando a ser possessivo;
• Dificuldade de tomar decisões sozinho(a), mesmo decisões simples;
• Quando num relacionamento, fica criando muita expectativa sobre o companheiro;
• Incapacidade de reconhecer seu valor, submetendo-se a situações constrangedoras.

Qual a origem dessa dependência emocional?

Você provavelmente já escutou alguém falar em ‘vazio existencial’. Sabe aquela sensação de que falta alguma coisa em sua vida e você não consegue definir o que é? Uma das formas mais comuns de preencher esse vazio é buscando o amor do outro. O amor pode ter várias conotações.

Pode significar amor no sentido de relacionamento amoroso. Neste caso, a pessoa tentará preencher este vazio investindo toda a sua energia no outro, quando deveria equilibrar investindo em si mesma também. São pessoas que deixam de viver sua vida, e passam a viver pelo outro, perdendo sua identidade própria, afastando-se de amigos importantes, abandonando seus sonhos e aspirações que dão sentido à sua vida, dentre outros.

Pode significar também ganhar reconhecimento de alguém ou de um grupo social. É o exemplo de um filho que abandona sua futura carreira de escritor para não desapontar os pais que insistem que ele deve ser juiz ou médico; ou quando nos boicotamos apenas para nos “enquadrarmos” num padrão social que permita que nos encaixemos ao grupo que “pertencemos”.
Imagine como seria se os grandes homens e mulheres da história não resistissem à esse “enquadramento” social.

Não existiriam Irmã Dulce, Mahatma Gandi, Nikola Tesla, dentre muitas outras personalidades revolucionárias. Um exemplo disso, é a vietnamita Ana Yang que vive fazendo shows de bolhas de sabão. Imagina o que seus pais (ou seu meio social) diriam se você dissesse: “Eu quero trabalhar fazendo bolhas de sabão para entreter as pessoas.” Caso esta fosse sua aspiração, você teria coragem para assumir publicamente? Ou cederia às pressões externas e seguiria um caminho mais “certinho”?

Como superar a dependência emocional?

Não existe fórmula mágica. O que você vai precisar é de consistência e paciência. Consistência para trabalhar em si mesmo por um tempo mínimo, para que consiga novos condicionamentos comportamentais que abram espaço para:

• Você se valorizar, percebendo suas conquistas, entendendo suas virtudes e habilidades;
• Reconhecer qual é a sua essência, o que te move e te inspira;
• Entender, mesmo que de forma superficial, seu propósito de vida;
• Aprender a ser menos autocrítico, afinal todas as pessoas cometem erros;
• Confiar mais nas suas decisões;
• Preservar a sua individualidade;
• Procurar ajuda profissional, caso seja necessário.

E paciência para esperar que estes resultados se tornem perceptível, pois podemos passar um período mais ou menos longo trabalhando em busca de um novo condicionamento, antes de ver os efeitos positivos. Esse momento de esperar é crucial para você. Então não desista, permaneça em um objetivo pelo tempo necessário para que indícios de mudança apareçam. Isso te dará a confirmação que seu esforço valeu à pena.

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