Saúde

Disfunção erétil afeta 6 milhões de homens no Brasil

É mais comum do que se imagina, tabus, medo dos comentários e aceitação da parceira(os), fazem que os dados fiquem ainda mais escondido, mas procurar um médico para tratar a disfunção erétil, ainda é a melhor solução.

Por Reinaldo Oliveira

Falar de disfunção erétil ainda é um tabu e algumas barreiras como medo, vergonha, desinformação e erro de percepção impedem o homem de buscar o tratamento adequado no aparecimento dos primeiros sintomas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, existe hoje no País aproximadamente 6 milhões de homens com disfunção erétil. No mundo, o número pode chegar a 300 milhões. “Os homens precisam superar os obstáculos e buscar ajuda médica para fazerem o tratamento adequado. Não há razão para sofrimento e nem demora. Os tratamentos disponíveis hoje são verdadeiramente eficazes”, afirma o urologista Rogério Matos Araújo.

urologista Rogério Matos Araújo

Na Bahia, os casos não são registrados porque, de acordo com Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), não se trata de uma doença de notificação compulsória e por este motivo, os dados não são quantificados.

“As causas vão muito além das psicológicas. São várias as causas que levam à disfunção erétil e cada uma pode exigir um tipo de cuidado. No entanto, o tratamento da disfunção erétil avançou muito nos últimos anos, não apenas com a chegada ao mercado de novos fármacos, mas, sobretudo, com o surgimento de novas tecnologias”, acrescenta o urologista.

As causas da impotência sexual podem ser de origem psíquica ou orgânicas. As primeiras (ansiedade, preocupação, mitos, depressão, estresse, medo, inseguranças e afins) são muito comuns em pacientes mais jovens. Já as causas orgânicas podem estar relacionadas a problemas circulatórios e doenças crônicas (doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol elevado e tabagismo); neurológicos, como doenças degenerativas, acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e traumatismos; anatômicos ou estruturais; distúrbios hormonais (tais como a falta de testosterona, que diminui a libido e compromete a ereção, e disfunções das glândulas tireoide e hipófise); cirurgias prévias na pelve, na próstata e na bexiga; radioterapia prévia e o uso de drogas.

Na maioria dos casos, as doenças associadas à disfunção erétil podem ser controladas e tratadas. Evitar consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas, alimentar-se de forma regrada e saudável, Praticar atividade física regular, são algumas chaves para a prevenção”, destaca Araújo. “Quando não houve a prevenção e o problema já é real, o homem não deve se automedicar, para não correr o risco de agravar ainda mais o problema. É preciso procurar ajuda de um especialista”, reforça.

O tratamento pode ser dividido em não farmacológico (aconselhamento psicológico e/ou psiquiátrico), farmacológico (medicamentos que induzem a ereção) e cirúrgico. Para quem precisa ser tratado com remédios, existem diversas opções que induzem a ereção ao facilitar o fluxo sanguíneo para o interior do pênis. “Esses medicamentos podem ser administrados como comprimidos diariamente e/ou sob demanda antes das relações sexuais, ou por uma injeção direta no pênis. Mas, faço questão de ressaltar que ambos só devem ser utilizados sob supervisão médica e necessitam de estimulação sexual para obter resultado”, detalha o urologista.

Quando a causa da disfunção erétil tem relação direta a baixos níveis de testosterona, a terapia de reposição desse hormônio pode ser indicada. Comumente realizada na forma de gel transdérmico, embora a administração via injetável também seja possível, este tratamento tem o potencial de melhorar a função e o desejo sexual, além de aumentar a disposição, a sensação de bem-estar e a vitalidade do homem.

Em alguns casos específicos, as opções cirúrgicas de próteses penianas podem ser uma opção, com resultados satisfatórios, melhorando muito a qualidade de vida do homem. É possível escolher entre próteses maleáveis (semirrígidas), articuláveis ou infláveis. “Este recurso só é indicado quando o paciente tem contraindicações para outros tipos de tratamento ou quando ele já tentou de tudo e não obteve sucesso com as demais opções de tratamento. O mais importante é levar em conta que cada caso é um caso e personalizar o tratamento de acordo com a situação do paciente”, conclui o urologista.

Redação

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