Diocese de Crato diz que papa Leão XIV pode agilizar a beatificação de Padre Cícero
Diocese anunciou a conclusão da primeira fase do processo de beatificação do Padre Cícero, reconciliado com a Igreja Católica em 2015.
A chegada do Papa Leão XIV pode agilizar o andamento do processo de beatificação de padre Cícero Romão Batista no Vaticano, projetou o vice-postulador da causa de beatificação, padre Wesley Barros.
“Pelo que ouvimos do papa Leão XIV, nós temos à frente da Igreja um homem de uma sensibilidade pastoral e teológica muito profundas. Ele usou, por duas vezes, uma referência à piedade popular de uma maneira muito positiva. A figura e o processo do padre Cícero situam-se exatamente dentro deste âmbito da piedade popular que a gente sabe do quanto já foi trabalhado e aperfeiçoado para uma verdadeira profissão de fé, dentro das características da vida e da presença da Igreja no mundo”, afirmou o sacerdote em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri.
Nesta segunda-feira, 19, a Diocese de Crato anunciou a conclusão da primeira fase do processo de beatificação do Padre Cícero. A etapa compreende a coleta de documentos e testemunhos sobre a vida e as virtudes do sacerdote. O inquérito será encaminhado ao Vaticano no dia 7 de julho, após solenidade de encerramento do processo diocesano, na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte. A matéria é do O POVO.
Ao fim da cerimônia, os documentos reunidos serão lacrados em caixas previamente preparadas, que serão seladas e enviadas ao Vaticano. O Dicastério para a Causa dos Santos analisará o material e deverá emitir um decreto de validade jurídica da fase diocesana. A etapa seguinte ocorre em Roma, onde peritos examinarão o conteúdo enviado pela Diocese. Caso seja reconhecida a vivência de virtudes heroicas, padre Cícero poderá receber o título de venerável. O reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão será necessário para avançar à beatificação.
Caso seja beatificado,padre Cícero Romão Batista se tornará o segundo beato da história do Ceará, antecedido por Benigna Cardoso, de Santana do Cariri, martirizada em 1941 e beatificada em outubro de 2022, também durante o pontificado do papa Francisco. A abertura do processo de beatificação do fundador de Juazeiro ocorreu em novembro de 2022, com a autorização do Vaticano. Desde então, um tribunal eclesiástico tem conduzido os trabalhos locais conforme as diretrizes estabelecidas pelo direito canônico.