Conscientização e inclusão social marcaram a caminhada em prol do dia mundial da saúde mental
População catuense foi às ruas celebrar o dia mundial da saúde mental em uma caminhada que enfatizou a discussão da sobre a importância da inclusão social e da tolerância com próximo
No dia 10 de outubro, é celebrado o dia mundial da saúde mental. A data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health). Por isso, na manhã dessa quarta-feira em Catu, teve caminhada em comemoração ao dia mundial da saúde mental, com a finalidade de chamar atenção pública para o assunto, que ainda é um tabu na sociedade.
Neste ano, o tema escolhido para celebrar a data foi: “Todos somos loucos pela vida”; a caminhada teve início as 08h saindo da Praça Duque de Caxias, onde contou com a participação das fanfarras, grupos de dança e pacientes do CAPS e autoridades da cidade, como o Prefeito Geranilson Requião.
A ação teve como objetivo chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticos ou sócio-econômicas; combater o preconceito e o estigma em torno da saúde psicológica.
Os transtornos mentais acometem, em algum momento da vida, ao menos 20% da população mundial. No Brasil, os cuidados com a saúde mental no sistema público sofreram uma reforma que começou há quase 20 anos e que procura evitar as internações em hospitais psiquiátricos, criando mecanismos de diagnóstico e tratamento mais amplos, com equipes multidisciplinares.
Um dos exemplos da mudança dos tratamentos que acontecem no SUS, é a criação dos Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS, implantados no Brasil em 1986 e que hoje já somam 1.620 em todo o país, sendo região nordeste a que tem mais CAPS, com 597 unidades para 51,8 milhões de habitantes, seguida pelo sudeste, com 538 centros para 80,3 milhões de pessoas. O norte tem o pior número, com apenas 87 unidades para 15,8 milhões. Ao todo há um CAPS para cada 151,5 mil brasileiros.

Mariana Requião, secretária de Administração, participou ativamente da caminhada, falou sobre a escolha do tema e a importância de inserir os jovens nessa caminhada. “A escolha desse tema foi justamente pra inserir a sociedade em geral, no contexto dos usuários do CAPS, porque muita gente tem restrição com quem utiliza o equipamento do CAPS, queremos mostrar o contrário; pensamos nesse ano em inserir os jovens, as fanfarras de algumas escolas, pois o jovem está em formação, está começando a desenvolver a consciência em relação a todos os fatores, a todos os princípios que a gente preconiza dentro da nossa sociedade e o que a rege, então é importante eles terem um olhar diferente para quem é usuário do CAPS, somos normais e todos nós somos loucos pela vida”. Destacou.

Este evento anual de sensibilização para os problemas de saúde mental e de mobilização de esforços em apoio da saúde mental centrou-se sobre a dignidade do paciente, com o objetivo de combater o estigma e alertar para as necessidades de cuidados ao sofrimento mental e emocional, assim quebrando o preconceito e conscientizando a população que sobre a igualdade de todos e a paixão pela vida.
