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A NOSSA ÁGUA

Cada dia mais os rios e suas nascentes morrem por falta de políticas públicas mais efetivas em toda Bahia e Brasil, que cuidem melhor desse bem tão importante para a sobrevivência de todo ser vivo

 

 Por João Augusto de Oliveira Antunes

 

 

A Bahia enfrenta a maior seca dos últimos 100 anos, segundo os climatologistas. Certo é que temos percebido isso desde 2012, quando verificamos que regiões do nosso Estado, que outrora chovia com maiores volumes, notadamente no Leste da Bahia, sob influência dos ventos do mar, agora enfrentam dias de estiagem.

 

O que vemos hoje são chuvas menos intensas e menos frequentes, o que gera déficit no reabastecimento dos reservatórios superficiais e subterrâneos. Em razão disso, temos que fazer a nossa parte, economizando água e assumindo posicionamentos mais conscientes e politizados quanto aos usos da água. Por outro lado, devemos cobrar do Poder Público mais compromisso e menos falácia.

 

Sabemos que está chovendo menos a cada ano; mas também entendemos que tem a questão da má administração dos recursos hídricos, o que faz com que cerca de 40% da água tratada seja desperdiçada antes de chegar nas torneiras de nossa casa. O mais absurdo é que todos pagamos por isso todos os meses nas contas que a EMBASA e o SAAE  nos repassa.

No Dia Mundial da Água (22 de março), muita gente falou sobre o assunto mostrando preocupação. Muita falácia e pouca ação para resolver os conflitos trazidos pelo mal uso de algo tão necessário e precioso para manutenção da vida. O problema é que nos outros 364 dias do ano poucas pessoas se preocupam com a questão. Sujamos e desperdiçamos, sem pensar nas consequências disso. Uma pequena parcela da população se envolve com a política de recursos hídricos. Todo cidadão deveria se preocupar com assunto tão sério e grave.

Em Catu, quase sempre chega água suja em nossas torneiras. o Rio Catu é sufocado a cada dia com mais construções irregulares; é sujo com lançamento de esgoto e lixo. As áreas de recarga das águas subterrâneas não são cuidadas devidamente desde os primórdios .

A degradação do Rio Catu acontece pelo lançamento de esgoto e por construções em suas margens. Se constroem é porque a Prefeitura libera os alvarás. Quando vier a grande cheia será uma catástrofe. O Rio Catu merece cuidado e respeito. Ele pode ser despoluído, desde que cada cidadão cobre isso do Poder Público.

 

Portanto, algumas iniciativas devem ser assumidas por todos nós, antes que seja tarde:

 

  1. Quando for construir uma casa devemos garantir coleta de água de chuva, projetando sua utilização em usos não potáveis, como vasos sanitários, lavagem de chão e irrigação de plantas. Se a casa já está construída, faça as adaptações. Faça reuso da água. Informe-se sobre isso. Estude, busque e aprenda. Aja, para que os dias sejam melhores.

 

  1. Exija que o SAAE forneça apenas água limpa em nossas torneiras ainda que seja por força judicial.

 

  1. Não jogue lixo à toa. Um simples papel de bala jogado no chão polui o meio ambiente e as águas; entope o sistema de drenagem.

 

  1. Se tiver quintal ou área externa, procure aprender como construir uma fossa de bananeira (ou canteiro bioséptico). É uma construção simples e evita que as fezes humanas vá para o Rio Catu.
  1. Seja politizado!Vote apenas em candidatos que demonstrem preocupação com a água e apresentem ideias e propostas sérias. Não venda nem desperdice seu voto. Seja cidadão de verdade .

 

 

João Augusto de Oliveira Antunes

Biólogo e Especialista em Gerenciamento da Água

Fotos: Google

 

Redação

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