Papa Leão XIV alerta católicos de que Jesus é único Salvador e impõe limites para veneração a Maria
Vaticano encerra décadas de debate teológico e reafirma que só Jesus redimiu a humanidade, ao rejeitar o título de ‘corredentora’ para Maria.
O Papa Leão XIV foi enfático ao reafirmar uma das verdades centrais da fé cristã: somente Jesus Cristo é o redentor da humanidade. Em um novo decreto divulgado pelo Vaticano na última terça-feira (4), o pontífice destacou que Maria não auxiliou Jesus na obra da salvação, encerrando assim um longo debate teológico dentro da Igreja Católica sobre o título de “corredentora”.
“Jesus pode ter ouvido palavras de sabedoria de sua mãe, Maria, mas ela não o ajudou a salvar o mundo da danação”, afirmou o documento emitido pelo principal órgão doutrinário do Vaticano. A nova instrução estabelece que os 1,4 bilhão de católicos ao redor do mundo não devem se referir a Maria como corredentora, reforçando que “só Jesus é o redentor; apenas Ele salvou o mundo”.
O texto pontua que usar o título de “corredentora” seria “inapropriado”, pois poderia gerar confusão e desequilíbrio na compreensão da fé cristã, colocando Maria em um papel que não lhe foi atribuído nas Escrituras.

A doutrina católica ensina que a redenção da humanidade se deu por meio da crucificação e morte de Cristo. Ainda assim, estudiosos da Igreja há séculos debatem o papel de Maria na história da salvação. O decreto agora coloca fim a essas discussões, reiterando que Maria é venerada como Mãe de Deus e intercessora, mas não como redentora.
A posição do Papa Leão XIV segue a linha de pensamento dos papas Francisco e Bento XVI, que também rejeitaram a ideia de “corredenção”. O falecido Papa Francisco chegou a afirmar, em 2020, que “Nossa Senhora não quis tirar nada do Filho para si. O Redentor é um só, e este título não se duplica”.
O documento também analisa outros títulos marianos, como “mediadora”, destacando que ele só deve ser usado em sentido subordinado à ação de Cristo, e não como se Maria fosse distribuidora de graças. Já denominações como “Mãe da Igreja”, “Mãe dos fiéis” e “Mãe da graça” continuam válidas, desde que conduzam sempre ao Filho, Jesus Cristo.
Ao reafirmar que “Cristo é o único Redentor e não há corredentores com Ele”, o Vaticano busca preservar a centralidade de Jesus na fé cristã e orientar os fiéis sobre os limites da devoção mariana, reforçando o equilíbrio entre a veneração à Mãe de Deus e a adoração exclusiva ao Salvador

