Cultura

Choro, inclusão social e aplausos marcam o festival Viva a Dança 2018 em Catu

O festival ‘Viva a Dança’, projeto da Secretaria de Educação e Cultura (SMEC) junto com todas as escolas municipais de Catu, revela talentos e encanta público presente na apresentação final

Arte em parceria com inclusão social encanta a plateia no clube CEPE Catu, na tarde dessa quarta-feira, 29 de agosto, onde foi o dia escolhido para as apresentações que apreciaram variadas culturas, como a indiana, afro, brasileiras e múltiplas misturas culturais como afro, xote, reggae, grove, pagode, balé clássico, rap, hip hop e gospel.

O festival Viva a Dança, aconteceu entre os meses de junho e julho, com a realização de mini festivais, seletivas dentro das escolas que escolheram os que mais se destacaram. As oficinas de dança aconteceram nas escolas públicas municipais de junho a julho desse ano, tiveram o acompanhamento dos profissionais de dança da rede sob a coordenação da professora Jéssica Hafner, que é graduanda em dança pela UFBA e também docente da rede de educação do município de Catu.

 

Jéssica Hafner pontuou que a dança é movimento: “levar a cultura, a dança, para as escolas é algo gratificante porque através da arte os alunos podem se expressar. Para o júri nós convidamos pessoas profissionais da área que puderam avaliar os participantes s de maneira técnica. Todos os passos coreografados foram criados pelos educandos, obedecendo ao critério de originalidade”. Explica.

 

Um dos momentos mais emocionantes do dia foi a apresentação de abertura com alunos portadores de necessidades especiais, segundo relato de Jéssica  “ a ideia  foi da secretária de Educação Ana Teixeira, que desde do momento inicial solicitou que estudantes com limitações motoras participassem da apresentação  para passar a mensagem da inclusão social através da arte.” Destacou a coordenadora do projeto.

 

O Viva Dança contou com a presença do prefeito Geranilson Requião, secretários; Ana Teixeira (Educação e Cultura), Adonay silva (Juventude Esporte e Lazer), e das escolas: Temistocles de Araújo, Ana Bitencourt, Gilberto Alves, Geminiana Assunção, Cônego Diamantino, Jecelino José Nogueira, Dom Justino e Raimundo Mata.

 

Das 12 instituições que se apresentaram, a vitoriosa foi a Escola Geminiana Assunção, e a responsável por essa conquista foi a aluna Luciene Santos (13) que dançou o Carimbó e emocionada agradeceu aos jurados e a sua torcida: “não estou acreditando. Para que tudo isso acontecesse tive que treinar além do limite, ensaiar muito e ter muita fé em Deus.” Cita.

 

O segundo lugar quem levou foi a escola Dom Justino com o grupo ‘Kat Killer,’ terceiro lugar foi o ‘Soft Dance’ do Cônego Diamantino e quarto lugar as indianas da escola Dom Justino, instituição que levou para casa 2 troféus.

 

O corpo de jurados foi composto pela professora de Dança da UFBA Lulu Pugliese (44), professora Simone Bonfim (46), professora Priscila Alves (32), professor Juliano Costa e o diretor do departamento de Cultura João Ferreira Jínior.

 

Após o encerramento das apresentações a jurada Lulu encorajou a todos os presentes com um discurso de valorização da cultura e apreciação da dança e completou: “ estou embebecida, impressionada com toda essa coletividade, esse compartilhamento de amor, potência de força, de dança. Para mim todos são vencedores, pois a vida é dura, difícil, viver é uma concorrência e ter todos aqui competindo é ver rios de artes. Juntos somos um oceano de talentos”. Pontua.

Simone Bomfim, é professora de dança do Município de Dias D’Avila

Já jurada Simone Bomfim, é professora de dança do Município de Dias D’Avila, destacou a importância da dança para o desenvolvimento do ser humano:  “o viva a dança vem trazer exatamente o ápice daquilo que agente acredita que é o processo da dança na transformação dos indivíduos, a dança é matriarca de todas as artes, vem dos primórdios da humanidade, a primeira forma de comunicação, esse processo é transformador. A gente vê mas figuras rupestres o sentido da dança, que é capaz de trazer o individuo para novos universos e construir a criticidade”. Explana.

 

 

 

Priscila Cerqueira (Coordenadora da Ilma Costa-Catu/Ba)

Priscila é professora de Ballet clássico pela Royal Academy Of Dance e coordenadora do Ballet Ilma costa, núcleo Catu e acredita que a dança é para todos: “fiquei muito feliz em poder participar do festival e aproveito para parabenizar os professores por compartilhar com seus alunos essa paixão pela dança, que ficou bastante visível em cada apresentação de grupos e solistas. Parabéns especialmente aos alunos que subiram ao palco com tanto entusiasmo e segurança. Foi um evento lindo que deixou claro como a dança tem poder de unir as pessoas, trazer alegria e revelar o melhor que há em cada um de nós.” Cita.

 

 

Diretor da Ilma Costa Juliano Costa

 Juliano Costa é bailarino desde pequeno e diretor do Ballet Ilma Costa, e acredita que na cidade existem pedras preciosas que lapidadas poderão brilhar ainda mais: “é muito gratificante tudo que vimos aqui, um trabalho lindíssimo, não estamos apenas avaliando e sim apreciando tudo isso”. Explana.

A secretária de Educação e Cultura Ana Teixeira avaliou todo o processo como algo muito lindo: “ as escolas capricharam, os alunos se superaram, achei tudo belíssimo, foi um rico resultado do fruto do trabalho de pesquisa e empenho discente.” Finaliza.

 

Secretária Ana Teixeira ao lado da ganhadora do festival Viva Dança

Os vídeos das apresentações  foram compartilhados nas redes sociais oficiais do Catu Acontece, estão emocionando internautas,  e tem feito com que todos que participaram do evento revivam o momento  e novamente se emocionem, e aos que não puderam estar presentes, se encantarem com tamanha expressão artística, cultural e inclusiva apresentada no palco do CEPE Catu.

Five Lives( Grupo que se apresentou no evento, e são do Colégio ADS)
Alunas da dança do ventre ministrada na Casa da Cultura, no Centro de Catu