Catu: Grupo de dança do Pedro Ribeiro Pessoa participa de disputa estadual
A dança apresentada pelo grupo imprime identidade e negritude, fortalecendo a história e a cultura baiana, empoderando e encorpando a luta contra a discriminação racial no julho das pretas.

A oficina de dança do Centro Estadual de Educação Profissional em Controle e Gestão do Nordeste Baiano Pedro Ribeiro Pessoa – CEEP, dirigida pela professora Társila Ribeiro, está participando de uma competição juntamente com outras escolas estaduais, onde estarão representando a Bahia e a negritude.
As alunas Ana Beatriz, Bianca Lorrayne, Aylla Pietra, Anna Vitória e Evelin Cailane, que veem ensaiando e aprimorando a coreografia, compõe o grupo Meraki, estarão na primeira seletiva de dança em outubro, na cidade de Alagoinhas, e caso sejam selecionadas, estarão em dezembro na Arena Fonte Nova, levando o nome de Catu para todo estado baiano.
Segundo a professoa Tarsila,”as oficinas são uma forma de ligar os alunos a dança, e é através dela que está sendo descoberta talentos incríveis e discentes dedicados. Será muito bom ter uma representatividade da cidade de Catu, em uma competição do nosso estado.”

A dança apresentada pelo grupo do CEEP, imprime a identidade e a negritude que representa e fortalece a história e a cultura baiana, empoderando e encorpando a luta contra a discriminação racial, que mesmo com as leis existentes, ainda impera de forma latente no país. Tudo acontece em um mês em que celebra-se o “Julho das Pretas”, uma campanha e período de mobilização no Brasil que visa dar visibilidade, celebrar e fortalecer a luta das mulheres negras, com foco no protagonismo feminino e no enfrentamento ao racismo e sexismo.
O mês de julho foi escolhido por incluir o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho), data que também é o Dia de Tereza de Benguela no Brasil. Tereza viveu no século XVIII e foi casada com José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho até ser assassinado por soldados do Estado.Tornado-se assim ela a líder de cerca de mais de 100 pessoas que ali viviam. A líder quilombola que viveu em lugar incerto, ccordenando o também conhecido como Quilombo do Quariterê, o maior da época, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso.
Não se tem registros de como Tereza morreu. Uma versão é que ela se suicidou depois de ser capturada por bandeirantes a mando da capitania do Mato Grosso, por volta de 1770, e outra afirma que Tereza foi assassinada e teve a cabeça exposta no centro do Quilombo.
O Quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído pelas forças de Luís Pinto de Sousa Coutinho. A população na época era de 79 negros e 30 indígenas.
Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data comemorativa foi instituída pela Lei n° 12.987/2014.
Além da data comemorativa, a rainha Tereza foi homenageada nos versos da escola de samba Unidos do Viradouro, com o enredo da agremiação de 1994, cujo título é ‘Tereza de Benguela – Uma Rainha Negra no Pantanal’. (Fonte aqui)
Acesse aqui o link para ver a dança das meninas catuenses que estão enchendo de orgulho a comunidade local.