Agosto Lilás movimenta programação especial na Casa da Cultura em Mata de São João
De iniciativa nacional, a campanha ‘Agosto Lilás’ está em foco em Mata de São João e cidades vizinhas, com objetivo de conscientizar a população para o combate à violência contra mulher com diversas ações
A programação trazida pela Prefeitura de Mata de São João, por meio da Secretaria de Ação Social, ocorreu na Casa da Cultura, na última sexta-feira(23). Com início às 9h30min, o evento contou com o som pop de Paula Portugal, seguida da palestra que encantou o público, da Coach Terapeuta Rosilene Araújo, que abordou o tema “empoderamento o que é isto”, e a assistente social Denize Barbosa, que discorreu sobre o lugar da mulher na sociedade.
A abordagem do Agosto Lilás, foi trazida com intuito de sensibilizar a sociedade matense sobre a violência doméstica e familiar contra mulher, pontuando a questão do Empoderamento Social, nos relacionamentos e vivencias sociais, enfatizando que o verdadeiro empoderamento é constituído sem a depreciação de ninguém, e que todos podem se revestir dele.

Denize Barbosa e Rosilene Araújo, ao final de suas palestras, trouxeram um pouco de suas vidas como experiência de empoderamento na sociedade, e solidificaram uma empatia da plateia para com elas.
A programação contou com a dança dos preparadores físicos “Chanchan” e Fábio com a dança do empoderamento, e com demonstração de defesa pessoal da academia Ryan Gracie Team do Sensei Alexandre Medeiros(Prego), especialista na área e responsável técnico pelo treinamento de defesa pessoal da CIPE Polo Industrial, batalhão de polícia militar especializada em Camaçari, e dos treinamentos em jiu-jitsu e defesa pessoal das filiais da equipe aqui na Bahia, e a professora Juliana Souza, graduada em Educação Física, pós-graduanda em Treinamento funcional e Cross Training, praticamente de lutas. que arrancaram aplausos a cada golpe mostrado a platéia.
demostração de como a mulher pode se livrar de um estupro com a técnica de defesa pessoal!
Sobre a lei Maria da Penha
A lei surgiu da necessidade de inibir os casos de violência doméstica no Brasil. O nome foi escolhido em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos e ficou paraplégica após uma tentativa de assassinato. O julgamento de seu caso demorou justamente por falta de uma legislação que atendesse claramente os crimes contra a mulher. Hoje, a lei 11.340/2006 considera o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher como sendo qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

O último balanço divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), mostra que por meio do Ligue 180, canal para denúncias de violência contra a mulher, foram 72.839 notificações apenas no primeiro semestre deste ano. A violência física foi o crime mais registrado no período, com 34 mil casos, seguida da violência psicológica, com 24.378, e da violência sexual, correspondendo a 5.978 casos.
A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados, CREAS, onde a vítima procura amparo e proteção. O Ligue 180, central de atendimento à mulher, funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial. O canal recebe as denúncias e esclarece dúvidas sobre os diferentes tipos de violência aos quais as mulheres estão sujeitas.
As manifestações também são recebidas por e-mail, no endereço http://ligue180@spm.gov.br.
Mesmo se a vítima não registrar ocorrência, vizinhos, amigos, parentes ou desconhecidos também podem utilizar o Ligue 180 ou ir a uma delegacia para denunciar uma agressão que tenham presenciado. O autor da denúncia pode ser ainda o Ministério Público. Após mudanças recentes na Lei, a investigação não pode mais ser interrompida, ainda que a vítima desista da ação.