Redes sociais reagem e começam a remover perfis ligados ao tráfico de drogas
Após denúncias de cartel recrutando via hashtag no TikTok, plataformas intensificam moderação contra perfis criminosos.
As redes sociais estão enfrentando uma pressão crescente para controlar conteúdos ligados ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Recentemente, o TikTok tomou medidas concretas: removeu a hashtag #CartelTok, amplamente usada por cartéis para exibir atividades ilegais e recrutar traficantes e contrabandistas.
De acordo com um porta-voz da plataforma, “líderes de cartéis ou gangues conhecidos” que violaram as políticas de uso também foram banidos.  Essa proibição vem em meio a vídeos que romantizavam a vida do crime — mostrando grandes quantidades de dinheiro, joias e viagens — e incentivavam jovens a se unir às facções. 
Especialistas em segurança digital apontam que essa iniciativa do TikTok marca um passo importante, mas alertam que a ameaça permanece. Mesmo com a remoção da hashtag, traficantes continuam ativos em outras redes como Instagram, Snapchat e em apps de mensagens criptografadas, como o WhatsApp. 
Relatórios anteriores também destacaram como organizações criminosas utilizam redes sociais para recrutar jovens, construir reputação e até movimentar finanças ilícitas. 
Por sua vez, as plataformas afirmam que contam com políticas rígidas e tecnologia de moderação para identificar e eliminar conteúdo que promova tráfico ou crimes. No caso do TikTok, ele usa uma combinação de revisão automatizada e humana para detectar violações graves de suas diretrizes comunitárias. 
A ação do TikTok reflete um esforço mais amplo do setor para lidar com a “narco-cultura” digital — mostrando que, embora o problema seja sistêmico, a moderação nas redes pode ajudar a reduzir a visibilidade pública de perfis criminosos.

