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Nova faixa de isenção do IR até R$ 5 mil pode começar a valer em 2026; super-ricos terão taxação maior para compensar

Mudança aprovada pela Câmara beneficia trabalhadores da base e da classe média, enquanto contribuintes de alta renda terão aumento de alíquota — mas proposta ainda depende do Senado e de sanção presidencial.

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (28), o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta, porém, ainda precisa ser analisada e aprovada pelo Senado. Além disso, depende de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevista para ocorrer ainda em 2025, para que as novas regras entrem em vigor a partir do exercício de 2026.

Se confirmada, a mudança trará efeitos diferentes de acordo com a renda: enquanto trabalhadores e a classe média terão descontos significativos, os mais ricos enfrentarão maior tributação como forma de equilibrar a arrecadação da União.

O que muda para cada faixa de renda

📌 Isentos: contribuintes que recebem até R$ 5 mil não pagarão mais Imposto de Renda.
📌 Classe média: quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terá descontos progressivos, reduzindo consideravelmente a carga tributária.
📌 Alta renda: contribuintes com rendimentos elevados — especialmente os chamados “super-ricos” — passarão a ter alíquotas mais altas, com aumento percentual que varia conforme a faixa de ganho.

Impactos econômicos e sociais

Segundo cálculos preliminares do governo, a medida representa uma redistribuição da carga tributária:
• Trabalhadores da base deixam de contribuir, o que significa aumento de renda disponível para consumo.
• A classe média ganha alívio proporcional, com uma redução estimada de até 12% na contribuição efetiva para alguns perfis de rendimento.
• Já os contribuintes de alta renda terão acréscimo de 2% a 4% nas alíquotas marginais, dependendo do valor declarado.

O governo justifica a mudança como um movimento em direção à justiça fiscal, transferindo parte do peso da arrecadação para quem tem maior capacidade contributiva, sem abrir mão da responsabilidade fiscal.

Quando começa a valer

A nova tabela e a taxação reforçada sobre os super-ricos só passam a valer após aprovação no Senado e sanção presidencial. Se confirmadas, as regras serão aplicadas a partir do ano-base de 2025, com impacto direto nas declarações entregues em 2026.